O ENSINO DE REPRODUÇÃO HUMANA E SEXUALIDADE DENTRO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA: ESTUDO DE CASO EM UMA TURMA DO 1º ANO DO CURSO DE RECURSOS PESQUEIROS NO IFRN

Autoras: Vanessa Yngrid da Silva (1); Janisia de Medeiros Viana (1); Larissa Aparecida Silva Costa (2); Natália Lopes da Silva (3); Danyelle Alves da Silva (1) – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – Campus Macau

A sexualidade é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, tendo grande importância no processo evolutivo, entendendo-a logicamente a partir de um enfoque mais abrangente. Permeando todas as manifestações humanas, do nascimento até a morte, a sexualidade não se limita à natureza biológica do sexo, vai além, envolvendo “[…] uma série de crenças, comportamentos, relações e identidades socialmente construídas e historicamente modeladas (WEEKS, 2001)”. Nesse viés, entende-se que a educação sexual visa orientar e esclarecer jovens e adolescentes sobre a responsabilidade particular que cada um tem sobre o seu corpo, evitar situações indesejadas como contração de uma doença ou de uma gravidez precoce. Ainda existem mitos, tabus e constrangimentos ao discutir sobre esse tema.

O ambiente escolar deve ser visto como um local a discutir diferentes tabus, Há na legislação brasileira leis que asseguram professores a contemplar esse tema em sala de aula. As Diretrizes Curriculares Nacionais e as Orientações Curriculares Nacionais, baseados na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996), trazem as temáticas sexualidades e saúde reprodutiva como questões que devem ser trabalhadas nas escolas. Uma vez que a escola possui autonomia para definir se esses conteúdos serão ou não contemplados.

Segundo a Secretaria da Saúde pública – SUS (2015). As doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) podem ser causadas por vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas), gerando diferentes manifestações, como feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada. No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de infecções de transmissão na população sexualmente ativa, a cada ano, são: Sífilis: 937.000;

Gonorreia: 1.541.800; Clamídia: 1.967.200; Herpes genital: 640.900; HPV: 685.400. Os dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) afirmam que ao todo são 3.708 pessoas que convivem com a Aids em todo o estado do Rio Grande do Norte. A SESAP não possui uma notificação formalizada de quantas pessoas vivem sem ter o conhecimento da existência do vírus HIV em sua vida. Existe uma estimativa de que o vírus é responsável por 697 mortes de potiguares nos últimos 10 anos. Segundo estudos o RN ocupa a 21a posição no ranking que classifica os estados com relação aos casos da doença, levando em conta o número de habitantes de cada estado.

Ao analisarmos a problemática do alto índice de DST’s e gravidez na adolescência no município de Macau\RN, indicamos como proposta realizar uma investigação de como os assuntos relacionados à sexualidade e reprodução humana são tratados em sala de aula na disciplina de Biologia, visando tal conhecimento, temos como objetivo geral analisar o conhecimento dos alunos do curso técnico em Recursos Pesqueiros na turma 1RP1V do IFRN – Campus Macau no ensino da Sexualidade e Reprodução humana na disciplina de Biologia. Aliado a isso, objetiva -se especificamente: investigar o conhecimento dos alunos sobre as DST ́s e a gravidez na adolescência, identificar as principais necessidades informativas dos alunos relacionadas à reprodução humana e sexualidade, desenvolver um jogo lúdico que possibilite o esclarecimento de dúvidas e que possa ser utilizado no processo ensino-aprendizagem que facilite e maximize a abordagem desse tema na disciplina de Biologia na modalidade de Ensino Integrado.

Confira: www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV073_MD4_SA7_ID343_14092017111343.pdf