• 11 98425 3786
breno_rosostolato_logo_header
Whatsapp Linkedin Facebook-f Youtube Instagram
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
    • Artigos
    • Uol
    • Entrevistas
    • Videos
    • Referências
    • Cursos
    • Acadêmicos
Menu
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
    • Artigos
    • Uol
    • Entrevistas
    • Videos
    • Referências
    • Cursos
    • Acadêmicos

Breno Rosostolato

  • Agenda/Eventos
  • Livros
  • Contato
Menu
  • Agenda/Eventos
  • Livros
  • Contato

Breno Rosostolato

  • Home
  • Sobre
  • Postagens
  • Agenda
  • Eventos
  • Textos
  • contato
Menu
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
  • Agenda
  • Eventos
  • Textos
  • contato
Whatsapp Linkedin Facebook-f Youtube Instagram
  • 11 98425 3786

E o casamento? Senta que lá vem história…

artigos, Textos

A celebração e os votos solenes do casamento, baseados na Santa Eucaristia, fomentaram novas mentalidades e transformariam radicalmente o modo de pensar da sociedade ocidental. Lapidada através de conceitos que, na Idade Média, eram considerados algo sagrado e indiscutível, o casamento se consolida como uma instituição através de três pilares: oposição aos conceitos pagãos e, consequentemente, seu enfraquecimento, a obediência divina, logo, um controle das pessoas e, por fim, os interesses materiais e políticos.

Para os pagãos, o amor era subversivo, enquanto que para os cristãos o amor deveria ser caridoso. Amor este que era visto com ressalvas, porque o casamento era muito sério para se admitir este sentimento ou algum envolvimento mais afetivo. O cristianismo enaltece o amor à Deus e somente assim deveria ser entendido. O casamento só é admitido através de uma relação monogâmica. Assim as relações poligâmicas são ofuscadas e o conceito cristão de abdicar os bens materiais seria assim firmado como compromisso divino.

Desta maneira, o controle das relações amorosas e, principalmente, ao sexo seria muito eficaz. O pretexto para a realização do casamento na Idade Média são os interesses políticos e sociais que envolvem a união de duas pessoas e, portanto, duas famílias. O negócio do casamento tinha como intuito a possibilidade de aumentar o patrimônio da família e, por fim, uma eficaz intervenção da igreja em uma sociedade sem limites. O crescimento e a prática da evangelização seria uma maneira de organizar a sociedade através da sujeição às leis divinas.


Para sempre

A concepção de indissolubilidade do casamento é o grande marco na metamorfose social que as pessoas sofreriam. O amor não era cogitado entre o casal, no máximo poderia ser manifestado em casa de forma superficial e sem maiores envolvimentos íntimos. O intuito primordial da união conjugal era procriar, deixar herdeiros, ou seja, assegurar os bens da família e, principalmente, serventia religiosa.

O amor era um sentimento renegado a ser coadjuvante no casamento. Inclusive, demonstrações de afeto em público eram consideradas vergonhosas e desrespeitosas, sinal de fraqueza dos homens que não sabiam ter autoridade e não se impunham à mulheres levianas e desonradas. Os conceitos enraizados ao casamento criaram visões e condutas sedimentadas através da repressão. Muitas pessoas sacrificam suas vidas em prol de um ideal e pagam altos preços pelo suposto conforto conjugal, porque casamento sempre foi defendido como sinônimo de felicidade, segurança e dignidade.

Acontece que muitos encaram a união conjugal como uma oportunidade única de serem felizes e atribuem a esta relação e ao companheiro a salvação de suas vidas. Acreditam que suas vidas devem se fundir e criam muitas expectativas. Necessidades sustentadas por frustrações, faltas e perdas pessoais. Idealizam o outro e esperam que a fantasia se torne realidade, o que gera muita frustração e decepções, porque estas idealizações não se concretizam como elas gostariam.


Moldes

A necessidade de se moldar ao outro é uma tentativa desesperada de lidar com a solidão e um sentimento insuportável de abandono. O conceito da indissolubilidade do casamento eternizou a relação conjugal, logo, a possibilidade concreta de ter sempre alguém ao seu lado. A culpa de não cumprirem o destino que lhe foi ofertado pela vida faz com que as pessoas se sacrifiquem em prol da relação. Relações sufocantes, em que se acredita que os dois devem ser um só. Vivem como uma única pessoa, fazendo tudo juntos, comprometendo suas identidades, características e singularidades. Não se pode ter prazer fora do casamento e, portanto, o conceito de exclusividade é inerente. Admirar ou achar alguém bonito fora do casamento é interpretado como traição.

Concordo com a psicanalista Regina Navarro Lins, quando afirma que o casamento não é confessionário, muito menos deve ser encarado como um conto de fadas ou eternos. Qual a necessidade de falar tudo para o outro ou saber tudo sobre o companheiro? Sentir desejo por outra pessoa é muito natural, mas a culpa faz com que muitos se confessem, dando margem para que o cônjuge acentue esta culpa se vitimizando.

O casamento que se baseia no amor romântico faz com que as pessoas tenham a crença de posse pelo outro, o que gera muitos conflitos. O que meu parceiro faz ou deixa de fazer não é da minha conta. Amor romântico que possui como alicerces uma concepção de indissolubilidade e que faz com que, muitas vezes, as pessoas passem por cima do próprio limite para enaltecer o parceiro.


Melhor

O casamento pode ser muito melhor do que este modelo que aí está. Para tal, não precisamos adotar novos modelos, mas admitir que talvez o melhor seja não ter um modelo a seguir. Rever o pacto de exclusividade e a indissolubilidade é preciso. O somaterapeuta e escritor Roberto Freire afirma que o máximo de segurança é escravidão. Inclino-me a esta consideração, pois muitas pessoas ainda acreditam que a felicidade é ter alguém na vida, buscando desesperadamente se casar para se sentirem seguras. Ideia equivocada. Temos que nos valorizar primeiro e encontrar a felicidade superando nossos medos e anseios sem transferir a nossa salvação a ninguém.

Marcadores: breno, breno rosostolato, casamento, psicologia, psicologo, sexualidade, terapeuta, terapeuta de casal, terapeuta sexual, terapia
AnteriorAnteriorDesconstruções: do amor romântico ao contemporâneo – Mitos e ressignificações
PróximoPreconceitos são a banalização de nós mesmosPróximo

Artigos Relacionados

Aula UNISAL: apresentação de trabalhos

Aulas sobre Orientação Afetivo Sexual, masculinidades e Assexualidade.

Saiba Mais »

Jornal Primeira Edição

Olimpíadas 2016: uma crise existencial

“Atribuir à Olimpíada a salvação deste país é o que considero sumariamente leviano e, ao mesmo tempo, muito ingênuo.

Saiba Mais »

Primeira Edição

Olimpíadas 2016: uma crise existencial

Saiba Mais »

Artigos Recentes

Aula UNISAL: apresentação de trabalhos

Aulas sobre Orientação Afetivo Sexual, masculinidades e Assexualidade.

Leia Mais »

Breno Rosostolato – Livro Tipos de Canibalismo – ecologia evolução e sociedades

Leia Mais »

LIBERABIT – Revista Peruana de Psicologia

Leia Mais »

HOMENS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: POBREZA, FORMAÇÃO DAS MASCULINIDADES E SUA INTERFACE NO COTIDIANO FAMILIAR

VIRGINIA DE SOUZA – Ponta Grossa, 2021. 

Leia Mais »

Violência contra a mulher e fatores mantenedores do relacionamento abusivo

ALINE MISQUITA ESPAGNOLI VIEIRA – Campo Grande, 2019. 

Leia Mais »
Ver Todos os Artigos

Agenda

Ver Todas as Agendas
breno_rosostolato_logo_header

Breno Rosostolato

Consultório: atendimentos às terças, quintas (das 13 às 18 hrs) e sábados (das 9 às 19 hrs)

Whatsapp Linkedin Facebook-f Youtube Instagram

Breno Rosostolato – 2019 – Todos os direitos reservados

[email protected]

Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, concorda com a utilização de TODOS os cookies.
Política de PrivacidadeACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Non-necessary
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.
SALVAR E ACEITAR