Natália Eiras – Universa
Nunca passaria pela cabeça de quem conhece o executivo de vendas Alexandre Gael, 37, que um dia ele já teve o corpo de uma mulher. Os documentos de identificação dele, no entanto, contradizem a aparência masculina que ele apresenta. E toda vez que precisa mostrá-los é um processo desgastante. “É comum acharem que eu sou um golpista, um estelionatário”, fala em entrevista à Universa.
Atualmente desempregado, Gael, que é da Ilha do Governador (RJ), está há três meses no processo de retificação de seus documentos para o nome masculino. Ele entregou, em janeiro, as certidões que precisava, mas o pedido já teve duas devolutivas e não têm previsão para ser deferido. “Estou desesperado porque tenho que voltar para o mercado de trabalho”, fala.
A ansiedade é porque, de acordo com ele, o fato de ainda constar o nome feminino em seu RG e CPF o faz perder vagas para as quais foi selecionado, não conseguir sacar seu próprio salário no banco e ser barrado na entrada de prédios onde vai fazer processo seletivo. “As pessoas acham que retificar o nome é um capricho, mas é uma questão de necessidade minha. Quando pegam o meu RG, viro alvo de deboche, de comentários.”
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