MÁRCIO PADRÃO DO UOL
Se você é do time “E aí, Siri?” ou do “Ok, Google”, não importa. Seja qual for a assistente de sua preferência, ela será mulher. Algumas iniciativas estão tentando mudar isso, mas via de regra Siri (Apple), Google Assistente, Alexa (Amazon) e Cortana (Microsoft) vão responder aos seus pedidos com uma voz robotizada de mulher.
As assistentes de voz são uma grande tendência da tecnologia, e não se restringem aos celulares: aparelhos como alto-falantes inteligentes, como Google Home, Amazon Echo e Apple Homepod também as utilizam, e a tendência é que você controle tudo por voz daqui a uns anos.
Mas o fato de terem “nascido” mulher, ou carregarem por configuração de fábrica vozes femininas, vem levantado questionamentos do ponto de vista da igualdade de gênero. Por que esse tipo de tecnologia que veio facilitar nossas vidas é associado ao sexo feminino?
” Essa confiança que a voz feminina pode estar relacionada ao papel da mulher na sociedade. Homens historicamente tiveram hegemonia, mas por conta dos movimentos emancipatórios tivemos mudanças significativas e outros olhares sobre as mulheres. Se isso pode transmitir a ideia de que elas são hoje um gênero mais forte, outra leitura seria de que a voz de mulher é sempre a voz da orientação, da maternidade, do acolhimento. É uma leitura particular que faço sobre esse fenômeno das assistentes.”
Breno Rosostolato , psicoterapeuta e educador sexual
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