• 11 98425 3786
breno_rosostolato_logo_header
Whatsapp
Linkedin
Facebook-f
Youtube
Instagram
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
    • Artigos
    • Uol
    • Entrevistas
    • Videos
    • Referências
    • Cursos
    • Acadêmicos
Menu
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
    • Artigos
    • Uol
    • Entrevistas
    • Videos
    • Referências
    • Cursos
    • Acadêmicos

Breno Rosostolato

  • Agenda/Eventos
  • Livros
  • Contato
Menu
  • Agenda/Eventos
  • Livros
  • Contato

Breno Rosostolato

  • Home
  • Sobre
  • Postagens
  • Agenda
  • Eventos
  • Textos
  • contato
Menu
  • Home
  • Sobre
  • Postagens
  • Agenda
  • Eventos
  • Textos
  • contato
Whatsapp
Linkedin
Facebook-f
Youtube
Instagram
  • 11 98425 3786

Qual o machismo que não me atinge?

artigos, Textos

Sou homem e uma pergunta tem me incomodado. Inclusive, venho refletindo cada vez mais sobre isso. A pergunta que não quer calar: ‘Qual o machismo que não me atinge?’

O machismo afeta diretamente as mulheres por uma questão da opressão e tudo que está implicado a isso. Desde questões históricas e culturais, o machismo é perpetuado na sociedade através de pequenos gestos. Desde um fiu fiu na rua, atitude invasiva e abordagens que objetificam e exploram o corpo da mulher; concepções de que a mulher é um ser inferior e subalterna ao homem, o que faz com que mulheres que realizam a mesma função no trabalho do que um homem ganhem menos do que ele; até a um estupro e o feminicídio, mulheres que são assassinadas pela cultura falocêntrica e patriarcal que impera na sociedade.

Dados recentes da ONU colocam o Brasil no sétimo lugar do ranking da violência contra a mulher. Violência que se expressa de todas as maneiras: social, psicológica, emocional, econômica, sexualmente e por aí vai. De fato, qual o machismo que não as atinge? Todos são, igualmente, destrutivos.

Agressões

Quando falamos em machismo, facilmente nos vem à mente agressões, estupro, violência doméstica, restrição econômica, submissão e subserviência. Acontece que o machismo é tão impregnado na sociedade por conta do patriarcalismo que não nos atentamos a pequenos gestos e comportamentos, manifestações machistas, e não percebemos. Tão imperceptíveis e automáticos, são assimilados com naturalidade pelas pessoas e por isso se tornam invisíveis.

O Manterrupting é uma junção de man (homem) e interrupting (interrupção) e significa ‘homens que interrompem’. Um comportamento que, além de falta de educação, é uma forma de machismo. Com ele, a mulher não consegue concluir sua frase e raciocínio porque é constantemente interrompida pelos homens ao redor. Quer um exemplo disso?

Em 2009, durante seu discurso de agradecimento pelo prêmio de melhor videoclipe feminino do MTV Music Awards, a cantora Taylor Swift foi interrompida pelo rapper Kanye West. O cantor invadiu de forma agressiva e desrespeitosa o momento que era da cantora. O episódio ficou conhecido pelo gesto inesperado do rapper e tudo ficou em tom de brincadeira, mas que disfarça o ato machista.

Brothers

Outro exemplo de machismo invisível é o bropriating, um comportamento muito comum em reuniões. O termo é uma junção de bro (gíria para brother, irmão, mano) e appropriating (apropriação) e se refere ao momento em que um homem se apropria da ideia de uma mulher e leva o crédito por ela.

O bropriating é mais uma das diferenças e injustiças que acontecem no mercado dos negócios sustentado pelo machismo. É o que faz com que muitas mulheres sirvam de trampolim para homens oportunistas crescerem à custa da submissão impostas às mulheres. Injustiça que faz com que as diferenças salariais relacionadas a gênero sejam bem acentuadas. Em um estudo recente realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mulheres ganham 30% menos do que os homens, mesmo que elas sejam mais instruídas ou capacitadas.

Já o mansplaining, da junção de man (homem) e explaining (explicar), é a maneira como se explica, didaticamente, determinado assunto, como se a mulher fosse incapaz de compreender num primeiro momento. É quando um homem dedica um tempo para ensinar coisas triviais, simples ou não, mas que subestima a capacidade da mulher. Outra situação é quando o homem quer explicar sobre algo que a mulher está certa, mas a explicação dele é baseada em dados e informações errôneas e desencontradas, apenas para convencê-la de que está errada. Um desmerecimento e desrespeito ao conhecimento da mulher. É tratá-la com inferioridade e menos capaz intelectualmente. Mulher, repare a maneira exagerada como as pessoas falam com você, elogios insistentes ou até mesmo aquela mensagem acalorada de dias das mulheres, afinal, vocês merecem ser lembradas apenas no dia 8 de março?

Gaslighting

Por fim, mais um exemplo típico de machismo invisível é o gaslighting. Termo inspirado na peça de teatro ‘Gas Light’ e depois adaptado para o cinema. O enredo diz respeito a um marido que tenta convencer sua mulher e outras pessoas de que ela é louca. Tudo porque o marido quer a fortuna dela e só conseguiria se ela fosse internada como doente mental. Interpretando a mulher estava a atriz Ingrid Bergman.

Utilizado desde 1960, o termo Gaslighting descreve a manipulação do sentido de realidade de alguém. Uma manipulação emocional e violenta, porque embora este comportamento culturalmente afete homens e mulheres, as mulheres sofrem mais porque consideradas desajustadas socialmente e emocionalmente desequilibradas.

As famosas frases como ‘isso é coisa da sua cabeça’, ‘você não sabe brincar’, ‘como você é exagerada’, ‘você está louca’ e ‘não vá chorar’ representam gaslighting. Vamos além, percebemos também este comportamento machista quando se diminui a importância da violência e agressão sofrida pela mulher. Uma desqualificação da autonomia e da palavra da mulher.

Um desempoderamento das mulheres que, infelizmente, muitos homens usam do recurso para oprimir as companheiras. Essas, sem direção, abdicam das próprias escolhas e sucumbem à imposição do homem. Acontece que a frase que escutei esses dias faz cada vez mais sentido, porque embora seja homem, considero-me feminista. Devo, principalmente enquanto homem, desconstruir este machismo e este sistema patriarcal, que também é impositivo e violento com os homens. Eu não quero ser este homem que vive atrelado a este machismo.

Admito, sou um homem cansado destas exigências sociais e masculinas, enfadonhas e sem sentido. Que ‘bando’ de homens frágeis que precisam manter o machismo para existir. Não, eu cansei!

Marcadores: breno, breno rosostolato, machimos, psicologia, psicologo, sexualidade, terapeuta, terapeuta de casal, terapeuta sexual, terapia
AnteriorAnteriorSologamia: ‘enfim a sós, comigo mesmo’
PróximoSobre a importância de se masturbarPróximo

Artigos Relacionados

Livro: Saúde LGBTQIA+, práticas de cuidado disciplinar

Escrevi, em parceria com Ana Canosa, o capítulo “Satisfação e Saúde Sexual de Pessoas CIS – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Assexuais” para o livro Saúde LGBTQIA+Práticas de cuidado transdisciplinar.

Saiba Mais »

Jornal Primeira Edição

Olimpíadas 2016: uma crise existencial

“Atribuir à Olimpíada a salvação deste país é o que considero sumariamente leviano e, ao mesmo tempo, muito ingênuo.

Saiba Mais »

Primeira Edição

Olimpíadas 2016: uma crise existencial

Saiba Mais »

Artigos Recentes

Livro: Saúde LGBTQIA+, práticas de cuidado disciplinar

Escrevi, em parceria com Ana Canosa, o capítulo “Satisfação e Saúde Sexual de Pessoas CIS – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Assexuais” para o livro Saúde LGBTQIA+Práticas de cuidado transdisciplinar.

Leia Mais »

“Você está louca!!!”: gaslighting segundo a perspectiva materialista de gênero

O presente trabalho tem como base investigar o fenômeno Gaslighting e suas formas de atuação. O objetivo de estudo se deu em compreender como esse tipo de violência ocorre dentro dos relacionamentos, e como identifica-lo, tendo em vista que é uma violência que ocorre frequentemente no Brasil.

Leia Mais »

Vacinação – esclarecendo as notícias falsas, com o professor João Gregório – LIVE

Conversei com o professor João Gregório, enfermeiro, professor

Leia Mais »

Matéria Especial – Visibilidade Trans #1 e #2 – Podcast Rádio Tabajara

Matéria por Mateus Silomar veiculada no Jornal Estadual

Leia Mais »

Vacina contra COVID-19 e o processo de vacinação com Raquel Saito – LIVE

Conversei e tirei muitas dúvidas com a enfermeira

Leia Mais »
Ver Todos os Artigos

Agenda

Ver Todas as Agendas
breno_rosostolato_logo_header

Breno Rosostolato

Consultório: atendimentos às terças, quintas (das 13 às 18 hrs) e sábados (das 9 às 19 hrs)

Whatsapp
Linkedin
Facebook-f
Youtube
Instagram

Breno Rosostolato – 2019 – Todos os direitos reservados

[email protected]

Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, concorda com a utilização de TODOS os cookies.
Política de PrivacidadeACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessário
Sempre Ativado

Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.

Não necessário

Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.