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Sologamia: ‘enfim a sós, comigo mesmo’

Quem acompanhou o último capítulo da novela ‘A Força do Querer’ viu uma cena curiosa, um casamento de uma pessoa só. Calma, vamos lembrar. Cibele, personagem interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer, teve um desfecho nem um pouco tradicional. Celebrou seu próprio casamento com ela mesma. Teve festa, vestido, convidados e até buque, mas nada de noivo.

E para não dizer que isso é ‘coisa de novela’, em 2014 a britânica Grace Gelder, 31, já tinha tido essa ideia e se casou com ela mesma. Inclusive, o tradicional beijo que marca a união do casal foi dado no espelho. Essa foi a maneira que Grace encontrou para demonstrar o amor por ela e o bom momento de vida. A noiva disse ter se inspirado na música ‘Isobel’, da cantora Björk – (My name Isobel/Married to myself/My love Isobel/Living by herself – Meu nome Isobel/Casada comigo mesma/Meu amor Isobel/Vivendo por si mesma).

Acontece que essa prática de casar consigo tem se tornado uma prática frequente e tem até nome específico: sologamia (Sologamy). Uma tendência na Europa, essa escolha está em alta, e se iniciou com um grupo de mulheres que, cansadas de justificarem porque estão solteiras, resolveram afirmar suas escolhas de vida através dessa celebração. Uma maneira de demonstrarem que a felicidade não se baseia em construir uma vida com outra pessoa, mas enaltecer o quão se sentem plena e inteira.

A sologomia é, antes de tudo, uma postura de consagrar-se, de valorização de si, desmistificando dois paradigmas. Primeiro que, de fato, antes de amar o outro é essencial amar primeiro a si. Segundo: o casamento tradicional e padronizado já vem sofrendo transformações e mudanças por causa de novas mentalidades e entendimentos sociais. A propósito, aquele casamento que seguia um sistema patriarcal e que impunha às mulheres a obrigatoriedade de se casar para se enquadrar à sociedade, e situava o homem como o salvador dessa mulher,já não se firma mais por vários motivos.

Fato é que concepções machistas e androcêntricas colocam esse homem num lugar de privilégio, no qual detém poder e domínio sobre essa mulher, assim como, por muito tempo, defendeu-se a ideia de que o principal objetivo dessa mulher seria o casamento. A noção de conjugalidade sofre mudanças em decorrência dos outros formatos familiares. Além do que os movimentos de emancipação e os reposicionamentos da mulher diante das exigências sociais legitimam suas escolhas e o que entendem ser o melhor para elas, inclusive não casar e/ou que a maternidade não é determinado para todas elas.

Plurais

O sentido da palavra pluralidade dá a tônica para o surgimento das possibilidades em encontrar nossa felicidade, seja na monogamia, poligamia, relações poliamorosas e outras possibilidades. A sologamia é mais uma maneira de autoaceitação e empoderamento. E por que não? A modelo Adriana Lima postou recentemente em sua conta no Instagram a decisão de se casar consigo mesma, dizendo ‘sim, sou comprometida comigo mesma e a minha felicidade, sou casada comigo mesma. Mulheres, tenham amor próprio!’.

Essa prática não é a de se sucumbir à solidão ou um ato narcísico, mas a expressão da liberdade, amor próprio e a não romantização do casamento, que para muitas mulheres são vividos de forma impositiva, forçados e que só geram sofrimento, angústia e violência, haja visto os muitos casamentos arranjados. Diga-se de passagem, tendemos a romantizar e naturalizar a violência.

Ciúme não é amor, mas por vezes a máxima – ‘quem ama sente ciúme’ – é ainda falada por muitos. Equívoco perpetuado entre as pessoas. Amor não combina com posse. Assim como o sexo sem consentimento num casamento é estupro marital, e muitos acham normal transar com o marido mesmo sem vontade, ou que se sente culpada em negar por causa de um dever e dívida matrimonial.

O amor não cobra nada. Ao contrário, quem ama respeita, possibilita, aprende, compreende e aceita. Ninguém nos completa por que isso implica faltas, vazios, buracos. O outro nos acrescenta porque já somos inteiros. A sologamia é representativa no sentido de afirmar mais uma linguagem da diversidade do indivíduo, singularidades, sociedade, relações e do amor.

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